terça-feira, 31 de maio de 2011

Tu és Poeta!



Tu és Poeta!
[Patricia Montenegro]

Dentro de ti,
Pulsa esse 'músculo',
-Vermelho incandescente-
E dentro dele,
Esse verso insistente,
E com ele,
A tua luta constante,
Quando ELA chega,
-Duelo de titãs-
Brigas,
Renegas,
Expulsas,
Rejeitas a presença DELA,
Que te domina,
Devora-te,
Alucina-te,
Rouba-te o sono,
E toma conta de ti,
E faz sangrar a tua alma,
ELA que fala palavras que tu calas,
Que chora as lágrimas por ti não choradas,
Que sente as tuas dores,
E absorve teus medos,
Ah!
Tu que pensas dominá-la,
Mas ELA é soberana sobre ti,
Não adianta fugires DELA,
ELA faz parte de ti,
Há muito a ELA te rendestes,
E nos braços DELA,
Fizestes a tua morada,
Reconheças e não negues,
Tu és Poeta!
E ELA a tua amante poesia...


Rio de Janeiro, 24-05-11 - 20h. 08min



sábado, 28 de maio de 2011

Mácula




Mácula
[Patricia Montenegro]

Trago em mim,
Uma 'mácula',
-Externa-
Que me acompanha,
Dos tempos módicos,
Esquecidos no passado,
Não mais lembrados,
Mas para sempre perpetuados,
Na minha vida presente,
Uma mácula,
Que acompanha meus passos,
Sem ter sido convidada,
Que me assusta,
E me aponta,
O dedo em riste,
Que me fere,
E difere,
Exclui-me,
Diante desse mundo,
De [des]iguais,
Onde todos parecem,
Manipulados e programados,
Em busca da perfeição,
Uma mácula,
Que faz parte de mim,
E faz sangrar minh'alma,
Diante de olhares,
-Ferinos-
Que desconhecem minha história,
Uma mácula,
Que tenta enfraquecer-me,
Mas me fortalece,
Diante da vida,
A mim proposta,
Pois é uma 'escuridão' externa,
Dentro de mim,
Trago uma Luz,
Talvez Divina,
Que acompanha meus passos,
E não me permite desistir...

Rio de Janeiro, 28-05-11- 01h. 50min.



terça-feira, 24 de maio de 2011

Tecelã de Versos



Tecelã de Versos
[Patricia Montenegro]

Tua ausência,
É presença em mim,
A saudade que sinto de ti,
É a minha força,
Para seguir em frente,
A espera do [re] encontro,
Tão ansiado e desejado,
Das palavras que me dissestes,
E das que silenciastes,
Teci os versos diversos,
Que embalam meus sonhos,
Pintam meus desejos,
Desenham minhas fantasias,
Enquanto te espero,
Nesse frio fim de tarde,
Eu me visto de magia,
Transformo-me em tecelã,
De versos confessos,
E às vezes desconexos,
Somente para dizer-te,
Que tu és a mais bela poesia,
Em minha vida...

Rio de Janeiro, 23-05-11- 17h. 05min




sexta-feira, 20 de maio de 2011

Revelação



Revelação
[Patricia Montenegro]

É no silencio das minhas palavras,
Que te revelo os meus mais profundos desejos,
Medos e segredos,
É na minha ausência,
Que tento me fazer presente,
Para ti
E é na tua ausência,
Que me perco de mim...

Rio de Janeiro, 20-05-11 - 10h. 40min.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

E assim te amei



E assim te amei
[Patricia Montenegro]

Teus olhos eu cerrei,
Com a fina echarpe de seda,
Levemente perfumada,
Só então me despi,
Diante de ti,
Para que antes olhar-me,
Com os teus olhos carnais,
Pudesses me sentir com a tua alma,
Só então permiti,
Que as tuas mãos percorressem,
Os caminhos do meu corpo,
Nunca antes tocados,
Percorridos ou descobertos,
Guiado somente pela tua alma,
E pelas batidas aceleradas do teu coração,
Pelos teus toques quentes,
Podias me sentir plenamente,
Mas não me podias 'ver',
-Quebrar o encanto-
Descobrindo a minha verdadeira essência,
Por instantes te fiz refém de mim,
E do desejo que sinto por ti,
Lentamente percorri teu corpo,
Despido e agora 'presa'minha,
-Te entregastes a mim-
Surpreendendo-te a cada toque,
Onde jamais eu tinha ousado,
-Lindas descobertas-
Beijei a tua boca,
E pela primeira vez,
Sentistes o verdadeiro sabor,
Da minha boca junto a tua,
Amei-te da maneira mais plena,
-Sem pressa-
Na minha mais pura essência,
-Descobrindo a tua-
Quando mesmo sem olhar-me com teus olhos físicos,
Olhaste-me com os olhos da tua alma..
Neste instante divino,
Que por ti fui amada,
-Um só corpo-
Finalmente descobristes quem eu sou,
Fiz-me completamente tua,
E por instantes fostes somente meu,
-Essências misturadas-
Fiz-me mulher plena e bela,
-Nos teus braços-
Em nome do amor que sinto por ti...

Rio de Janeiro, 17-05-11 - 23h. 40min


terça-feira, 17 de maio de 2011

Apenas Nós


Apenas Nós
[Patricia Montenegro]

Entre mim e você,
Existe algo inexplicável,
Mas para que explicações?
É uma 'relação' só nossa,
Apenas nós,
-Eu e você-
Onde as palavras já não são necessárias,
Nossos pactos são tácitos,
Feitos na troca de olhares,
Nos gestos e atitudes,
E até mesmo no silencio das palavras,
-Na confiança-
Não precisamos dar explicações,
A quem quer que seja,
Somente a nós mesmos,
-Ou não; Para que?-
Simplesmente sabemos,
Loucura?
Paixão?
Amor?
Amizade?
Para que definições?
O que existe entre mim e você,
É infinitamente belo e especial,
-Importante-
E a única coisa que posso dizer,
É que sou mais feliz,
Por você fazer parte da minha vida,
E desejo ser especial na sua existência,
E.A.V... Sempre...

Rio de Janeiro, 12-05-11 - 23h 50 min.



* Não adiantava fugir... Eu sempre soube...

Estranho Sentimento



Estranho Sentimento
[Patricia Montenegro]

É fim de tarde,
E sem que eu espere,
Falta-me o ar,
Sinto o peito rasgar,
-Alma ferida-
O coração apertado,
Sangro pelos meus poros,
Nessa dor sem controle,
As palavras emudecem,
Pensamentos perdidos,
Gestos contidos,
Desespero latente,
Lágrimas presas,
Dos olhos não conseguem rolar,
Quero fugir,
Não tenho para onde ir,
Preciso exorcizar essa angustia,
Libertar os sentimentos,
Mas até a poesia me abandonou,
Os versos se desfizeram,
Como fios de seda,
Estranho sentimento,
Que faz com que eu me sinta,
Apenas uma ausência,
Diante do mundo,
Onde ninguém me vê,
Ouve ou sente,
Sou apenas uma vagante,
Em busca de uma resposta,
Do porque desse estranho sentimento,
Que me atinge todo final de tarde...


Rio de Janeiro, 10-05-11- 18h. 48min

sábado, 7 de maio de 2011

Flor do Deserto





Flor do Deserto
[Patricia Montenegro]

Quando a solidão,
Chega sem avisar,
E domina meu coração,
Sinto-me como a flor do deserto,
Que enfrentou tantos desafios,
Venceu as dores,
Ganhou as batalhas,
E brotou no solo árido,
E sobrevive a cada dia,
Enfrenta as tempestades,
Os ventos fortes,
O frio intenso,
Ou o calor que queima,
E as secas intensas,
Mas sempre solitária,
Chora gotas de sereno,
-Seu alimento-
E ninguém a vê,
-Será bela?-
Ou dela cuida,
-Ausência-
Mas ela mantém-se forte,
E continua firme,
A cada novo dia,
Pois assim como eu,
Ela carrega dentro de si,
A força e a coragem,
Da flor do deserto...


Rio de Janeiro, 07-05-11 - 16h. 46min

Nessa Noite



Nessa Noite
[Patricia Montenegro]

...E nessa noite,
Quando olhares o céu,
E avistares a lua brilhante,
-Em todas as suas fases-
Saibas apenas que sou eu,
Que peguei emprestado,
O seu manto prateado,
Para estar junto de ti,
Cuidando de ti,
Amando-te,
Na imensidão do tempo,
-Sem distancias-
No silencio das minhas,
E das tuas palavras...

Rio de Janeiro, 01-05-11 – 20h. 52min.

Sempre com você...

Poema para o Mundo



Poema para o Mundo
[Patricia Montenegro]

Hoje decidi escrever um poema,
Um poema diferente,
Que não seja de protesto,
Mas de comemoração,
Onde não exista o rancor,
E somente espaço para o amor,
Um poema,
Que fale de paz,
E da sua beleza plena,
Da plenitude Universal,
E em que as diversas cores,
Pintam as bandeiras brancas,
-Comemorando a vida-
E não das guerras,
Causadas pela ignorância,
E prepotência do homem,
Que pensa tudo saber,
Um poema,
Que fale de crianças,
De todas as raças,
Iguais e sem diferenças,
Amadas e protegidas,
Que desconheçam os preconceitos,
E o males das dores,
Crianças vestidas de inocência,
Que brincam e sorriem,
E não conhecem o abandono,
Um poema que fale de sorrisos,
E não de lagrimas,
Que fale de união,
E não de solidão,
E a ganância não mais exista,
Um poema simples que fale,
De sonhos possíveis,
E não de ilusões criadas,
Hoje quero pintar,
Um mundo bonito,
Há tanto tempo falado,
Mas ainda desconhecido,
Hoje quero transformar,
Essa louca utopia,
Em doce realidade,
Ainda que seja,
Apenas nos versos,
De um simples poema...

Rio de Janeiro, 30-04-11 - 21h. 45min

Angustia



Angustia
[Patricia Montenegro]

Que dor é essa?
-Intensa-
Que chega sem avisar,
Como lanças afiadas,
Ferindo-me a alma,
Tirando-me do meu rumo,
Que dor é essa?
Que traz essa solidão,
E faz o coração sangrar,
E explodir dentro do peito,
E faz o meu corpo,
Tremer de frio,
Como se meu sangue,
Escapasse pelas minhas veias,
O medo me aflige,
-Não quero ter medo-
Quero fugir,
-Por quê?-
Mas para aonde?,
-Alma errante-
Minha voz quer gritar,
-Quem eu chamarei?-
Mas o grito é mudo,
E perde-se na multidão,
Sinto-me invisível,
Não quero essa dor,
Tomando conta de mim,
Meu pranto é silencioso,
Não consigo conter as lagrimas,
Que queimam meu rosto,
-Covardia?-
Que dor é essa?
-Angustia-
Que não faz parte de mim,
Mas chegou sem avisar,
-Fim de tarde-
Estou tão sozinha,
Perdida dentro de mim,
Oh! Senhor!
Seja quem fores,
Ajude-me!
Arranca de mim essa dor,
E afasta de mim os fantasmas,
Devolva-me o meu sorriso,
Traga-me um pouco de aconchego,
Leva o meu pedido de S.O.S,
Pelos ares infinitos,
Até alguém me escutar,
-Não demore-
E cuidar um pouco de mim,
-Preciso de Ti-
Nessa caminhada,
Tantas vezes dura de seguir,
Preciso somente,
Que alguém se lembre de mim...

Rio de Janeiro, 30-04-11- 17h47min


 

Que sentimento é esse?



Que sentimento é esse?
[Patricia Montenegro]

Dentro de mim,
Uma centelha adormecida,
Desperta sem que eu espere,
E como lava de vulcão,
Explode em fogo,
E queima meu coração,
Nesse turbilhão de emoções,
Que não consigo controlar,
Meu pensamento está em ti,
É contigo que desejo estar,
Quero encontrar o teu olhar,
A decifrar o meu,
Preciso do teu abraço,
E sentir o teu calor a me proteger,
Quero sentir o sabor do teu beijo,
Percorrendo meu corpo,
Adoçando minh'alma,
É por ti os meus atos,
-Loucos ou insensatos-,
E os meus passos,
-Seguros-
Mas uma lágrima,
Brota em meu coração,
Quando inesperadamente te afastas,
E não me notas,
Ou finges que não me vês,
E te recolhes nesse silencio,
-Que grita-
Que sentimento é esse?
Que me domina,
E me desvia da minha rota,
Tornando-me insensata,
E me faz acreditar no sonho impossível,
De um dia ter a tua presença,
Junto a mim plenamente,
Que sentimento é esse?
Que faz com que eu me esqueça de mim,
E pense somente em ti?
Sem ao menos saber,
O que realmente sentes por mim,
Sim!
Desnudo minh'alma e confesso,
É amor!
E alimento-me da seiva desse amor,
-Que me fortalece e enfraquece-
Que sinto por ti,
A espera que um dia,
Quem sabe,
Sintas o mesmo por mim...


Rio de Janeiro, 18-04-11 - 17h 17min.