domingo, 11 de setembro de 2011

Setembro


Setembro
[Patricia Montenegro]

A Insanidade humana,
Eternizada pelo tempo,
Gritos de dor,
Vozes caladas,
Olhares perdidos,
Corpos em voo sem asas,
Fogo ardente,
Em chamas permanentes,
O ar que falta,
Caminhos cegos,
Almas que não adormecem,
Mergulham nas águas límpidas,
Que deslizam correntes,
Afastando a poeira,
Tão impregnada,
Buscando um caminho,
Em direção a luz,
-Um reencontro-,
O incompreensível,
Que fez o silencio,
Em um dia ensolarado,
Transformando tudo em cinzas,
Dia nunca esquecido,
De vidas perdidas,
Famílias ceifadas,
Pelas mãos cruéis,
Da insanidade Humana,
Em um setembro,
De lágrimas e dores,
Para sempre lembradas...

Rio de Janeiro, 11-09-11 - 14h. 35min

 


sábado, 10 de setembro de 2011

Momentos em conta gotas



Momentos em conta gotas
[Patricia Montenegro]

Absorvo cada instante,
Que me ofertas,
Bebo cada gota,
Das palavras que me dizes,
E assim perpetuo na alma,
Essa doce magia,
Que me surpreende,
E a felicidade que me fazes sentir,
E toda a emoção que é estar contigo...

Rio de Janeiro, 26-08-11 - 14h 38min


Dia Chuvoso


Dia Chuvoso
[Patricia Montenegro]

Manhã fria,
Sem cores,
Chuva fina,
Que encolhe a alma,
Olhares perdidos,
Buscam novos caminhos,
Passado a ser esquecido,
Presente a espera de ser vivido,
Em busca de um futuro colorido,
Hoje nesse dia frio,
Somente a saudade,
Transformada em força vital,
Alimenta a vida,
E o que está por vir...


Rio de Janeiro, 22-08-11- 15h. 20min


Quem sou eu...[?]




Quem sou eu...[?]



Não sei se sou movida por uma grande teimosia ou se por um grande ideal.
Mas onde começa um e termina o outro? Não estariam ambos unidos por uma tênue linha? Que se completam?
Será que meus olhos estão encobertos pela nuvem do amor? Ou seria esse amor que me faz enxergar muito além do que os meus olhos podem ver?
Serão meus atos impulsivos e impensados? Mas não são os impulsos justamente que nos movem? Que nos fazem arriscar para conquistar o que desejamos?
Será que me alimento de sonhos e utopias e esqueço a realidade? Mas não serão justamente as utopias e sonhos que me fazem transformar a realidade imposta? Não são eles, os sonhos, que me movem a mudar essa chamada realidade que não foi escolhida por mim?
As mudanças são necessárias em nossas vidas. É preciso enfrentar os riscos. É preciso tentar.
Tornar o impossível e em possível.
Então não me pré-julgue, julgue ou condene sem me conhecer ou os motivos que me levam a agir como ajo. A acreditar no que acredito.
A única certeza que tenho é que sou feita de verdades. Sigo minhas metas, aquilo que acredito.
Talvez a emoção prevaleça sobre a razão; e a minha loucura seja a minha maior sanidade, mas somente assim estarei realmente cumprindo aquilo que realmente acredito.
Se eu estou certa ou errada somente o tempo[incerto] dirá, mas terei a certeza de que tentei e fiz aquilo que meu coração desejou e a consciência aprovou.
Essa sou eu...






[Patricia Montenegro -Rio de Janeiro, 21-08-11 - em uma noite de domingo...]