segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Silêncio do Poeta



O silêncio do poeta
[Patricia Montenegro]

Quando a lança afiada,
É atirada a esmo,
Por aqueles que se sentem soberanos,
-Donos de olhos incapazes de enxergar-,
Ferindo a quem passa,
Trazendo a dor,
Espalhando a magoa,
Daqueles que têm a alma escura,
-Disfarçada em corpos perfeitos[?]-
Enegrecida pelos ressentimentos,
Pela ausência de sentimentos,
Pela vontade maior,
De espalhar a discórdia,
E fazer florescer o rancor,
Em corações que desconhecem o amor,
A voz do poeta se cala,
-O que dizer?-
E ele chora em silencio,
Ferido em sua essência maior,
-A plenitude da vida-
Seus versos sangram letras desconexas,
Diante da dor da vida,
Dor que ele sente,
Porque pressente a fúria desumana,
Daqueles que agridem para se esconder,
Usando máscaras risonhas,
Fingindo que tudo sabem,
Tolos! Pobres Tolos!
Um dia cairão as máscaras,
Ah...
O silencio do poeta,
Diz muito mais que palavras,
Ele vê e sente muito além do palpável,
Mas são poucos aqueles capazes de compreender,
A sina vivida por um poeta...


Rio de Janeiro, 21-02-2011 - 18h33min


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