segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Trilhas



Trilhas
[Patricia Montenegro]

Faço da ‘distância’ que trilhastes,
O caminho mais curto e seguro,
Para chegar até ti,
E no silencio da tua voz,
Descubro as respostas,
Que tanto preciso ouvir,
E ao fechar os olhos,
Sinto a tua forte presença,
Envolvendo-me em abraços,
Aquecendo minha alma,
Curando meus medos,
Afastando minhas inseguranças,
É na tua 'ausência',
Que sinto mais forte,
A tua presença junto a mim,
Nas trilhas que construí,
Para estar sempre junto a ti...


Rio de Janeiro, 29-01-11 - 19h05min


Tacitamente



Tacitamente
[Patricia Montenegro]

Nos pactos e tratos feitos,
No silencio de nossos olhares,
Que ecoa a nossa voz,
-Pelos ares-
No sentir de nossas almas,
Na verdade absoluta do nosso 'in',
Está a certeza maior: cuida de mim,
-No sentido mais pleno-
Para que eu possa sempre cuidar de você...


Rio de Janeiro, 25-01-11 - 12h 50min

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Louco Amor



Louco Amor
[Patricia Montenegro]

Que amor é esse?
Que trago dentro do peito,
Que me comanda,
-E desorienta-
E faz seguir em frente,
-Arriscando-
Que amor é esse?
Que desconhece a razão,
E me faz sonhar,
E acreditar no [im]possível,
Que amor é esse?
Que acelera meu coração,
E busca o teu olhar,
Anseia pelos teus beijos,
E faz meu corpo queimar,
Desejo intensamente,
O teu corpo junto ao meu,
Que amor é esse?
Que me faz sorrir como menina,
Desejar como mulher,
E voar como os pássaros,
Percorrendo o desconhecido,
Entregando-me ao teu ninho,
Que amor é esse?
Que me faz acreditar,
Que é capaz de te ensinar a amar,
-A me amar e desejar-
Como eu te amo e desejo,
Esse amor que trago no peito,
É um amor inocente,
Liberto e verdadeiro,
É um louco amor,
Que me ensina e faz viver...


Rio de Janeiro, 15-11-10 - 20h 17min

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Agora é Contigo!



Agora é contigo!
[Patricia Montenegro]

Quando nasci,
E deixei meu 'ninho' seguro,
Onde nada me faltava,
E nada me atingia,
Fiz a escolha de viver,
Chorei e gritei,
Doeu o primeiro sopro da vida,
E uma voz ao longe gritou:
Vai menina!
Agora é contigo!
Siga em frente!
Conquiste o mundo,
Vença as lutas,
Ultrapasse as barreiras,
Mostre a tua coragem,
Conquiste teu espaço,
Seja forte!
Não se abata!
A mesma voz disse baixinho,
Sim! Eu sei...
A ti destinei algo diferente,
Uma ‘marca’ te dei,
Um 'premio' às avessas,
Mas sei que és capaz,
De vencer cada novo dia,
Pois te dei o amor,
Que carregas dentro de ti,
Chore sempre que quiser,
Mas levante-se!
E siga adiante!
Sei que é capaz,
Mereces a felicidade,
Conquiste-a!
Tens uma rara beleza,
Mas poucos poderão vê-la,
Tua alma é transparente,
Aprenda a protegê-la,
Olhe para frente,
Ainda que poucos estejam contigo,
Não estás sozinha,
Ame-se!
E serás amada,
Por aqueles que te 'enxergarem',
Com os olhos da pureza da alma,
E assim tenho feito,
Venço a mim mesma,
A cada novo dia,
Supero meus medos,
Fortaleço-me na dor,
Saboreio as 'vitórias',
Abraço os momentos,
Agora é comigo!
Viver a vida,
Que construo a cada respiro,
E provo a mim mesma,
Que comecei a vencer,
No momento em que decidi nascer,
E viver! Viver! Viver!


Rio de Janeiro, 20-01-11 - 16h 56mim

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Jogo da Vida



Jogo da Vida
[Patricia Montenegro]

Propusestes uma 'aposta',
-Um jogo: bem vindo então!-
Perigosa e arriscada,
Onde a resistência do sentimento,
Prevalece e mostra suas garras,
Arranhando a emoção,
Calando a voz do coração,
Fazendo gritar a razão,
No silencio da tua ausência,
Descubro-me pouco a pouco,
Torno-me mais forte,
-Luta interna-
Descubro meu outro 'eu',
Mas o medo predomina,
A lágrima contida,
Rola pelo meu rosto,
Camuflada pela madrugada,
Resisto a mim mesma,
Mas trago em mim a certeza,
Que és mais forte do que eu,
E nesse 'jogo' és vencedor,
-Cartas marcadas-
O tempo não passa,
-Ponteiros congelados-
O prazo não se esgota,
Nessa espera infinda,
Quero vencer o jogo da vida,
Vencer a mim mesma,
Mas não quero te perder,
E se for preciso,
Rendo-me!
E jogo pelos ares,
Essa insensata 'aposta',
-Entrego-te a 'vitória'-
Para romper o doloroso,
Silencio da tua ausência...

Rio de Janeiro, 20-01-11 - 14h 27min

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Partícula


Partícula
[Patricia Montenegro]

Fui apenas partícula,
Solta no Universo,
Grão voante,
Nunca soube,
Se eu me materializaria,
Ou quando isso ocorreria,
Nunca soube,
Quem eu seria,
Ou quem eu encontraria,
Não sabia o tempo da minha chegada,
Ou qual missão me caberia,
Mas tenho certeza da minha partida,
-Tempo incerto-
Quando serei novamente,
Partícula solta no Universo,
Apenas grão voante,
E antes da data ‘marcada’,
Preciso viver intensamente,
Cada segundo dessa minha vida...

Rio de Janeiro, 19-01-11 – 11h 54min.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Embriaga-te!



Embriaga-te!
[Patricia Montenegro]

Quando te sentires perdido,
Beba em minha taça,
Sorva gota por gota,
O liquido que brota de mim,
Que te embriaga,
E te enche de prazer,
Misturemos as nossas essências,
Em uma única e de raro sabor
Liberta-te dessas amarras,
Entrega-te sem medos,
Grita meu nome baixinho,
Sou a tua busca maior,
A loucura que cura,
A liberdade sonhada,
O amor que temes,
Mas carregas em ti,
Embriaga-te da vida,
Que trago em mim,
E oferto para ti...

Rio de Janeiro, 10-09-10 - 22h 33min

domingo, 9 de janeiro de 2011

Entre Erros e Acertos



Entre Erros e Acertos
[Patricia Montenegro]

Talvez eu seja realmente uma alma errante,
Ou apenas uma sonhadora,
Que segue seu caminho,
Encontrando pedras,
Mas plantando flores,
Que insiste em acreditar no ser humano,
Mesmo quando ferida,
Faz renascer a ilusão,
E como criança escuta somente o coração,
Talvez eu seja dominada por essa teimosia,
Que me faz levar a palavra amiga,
Ainda que encontre o silencio como resposta,
Que estende a mão,
Ainda que braços se recolham,
E que olha nos olhos,
Quando os olhares se desviam,
Talvez eu seja apenas uma tola eterna menina,
Que transforma a lagrima sentida,
Em sorriso sincero,
Que ama e deseja ser amada,
Talvez eu seja mesmo uma alma errante,
Que pouco conhece da vida,
E da alma humana,
E sua constante mudança,
Das alegrias que nos causam,
Misturadas as tristezas e decepções,
Mas sigo meu caminho aprendendo e crescendo,
Entre erros e acertos mantenho viva a chama da esperança...


Rio de Janeiro, em um tempo já distante e também tão presente...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Não é Fácil



Não é Fácil
[Patricia Montenegro]

Não é fácil,
Desnudar minh'alma diante de ti,
Permitir que conheças meus medos,
Minhas imperfeições,
E todas as minhas dores,
E as minhas verdades,
Que não são manchadas,
Pela reinante falsidade,
E me vejas sem as máscaras,
Que jamais usei,
-Ou usarei-
Não é fácil
Despir-me diante de ti,
Deixar que vejas meu corpo,
Sem a 'maquiagem',
Que não trago comigo,
E calar-me diante de ti,
Quando tenho tanto a revelar,
E que me vejas chorar,
E penses que minhas lágrimas,
São reflexo da covardia,
Que não trago em mim,
Mas é fácil,
Permitir que olhes em meus olhos,
E mergulhes em minh'alma,
Desvendando meus sentimentos,
E me conheças de verdade,
Revelo-me e entrego-me a ti,
Mas não é fácil,
Não saber o que pensas,
Se realmente já consegues,
Saber quem sou realmente,
Na plenitude do meu ser,
-Sem censuras-
Não é fácil ser quem eu sou,
Na eterna busca,
Da 'igualdade' plena,
Em um mundo muitas vezes cruel,
Que só tem olhos,
Para a 'perfeição',
Inventada pelos homens,
Mas jamais criada,
Pelo grande Criador,
Não!
Não é fácil viver,
Mas hei de vencer,
A cada novo amanhecer...

Rio de Janeiro, 06-01-11 - 16h 32min

Minha Luz


Minha Luz
[Patricia Montenegro]

Fecho os meus olhos,
O ontem não se foi,
Faz-se ainda presente,
E pinta o futuro,
Com belos matizes,
Que anunciam aos ventos,
Esse desejo intenso,
De [re]viver esse instante,
Tão mágico e encantado,
Que não pode ser tocado,
Apenas sentido na alma,
E guardado no tempo,
A noite chega mansamente,
Minha lagrima escondida,
Mergulha no verde mar,
E misturam-se as suas ondas,
E são levadas para o infinito,
Estás tão perto de mim,
-Dentro de mim-
Olho-te com devoção,
-Amo-te-
Adormecido como um menino,
Deslizo meus dedos,
Pelos teus caminhos,
E pelo teu rosto sereno,
Sinto os sonhos que navegam em tua mente,
Beijo tua boca delicadamente,
-Quente como o sol-
Teu corpo estremece em arrepios,
Afasto-me lentamente,
Nada pode quebrar o encanto,
Desse mágico momento,
Tu és a minha força maior,
A luz que ilumina minh'alma,
E essa natureza de rara beleza,
Saúda o nosso [re]encontro,
E anuncia que nossas vidas,
Estão unidas pelos laços,
Indissolúveis da eternidade...


Rio de Janeiro, 29-12-10 - 12h 38min.